Muita coisa mudou desde que São Paulo era um pequeno amontoado de casas feitas de taipa de pilão, de onde partiam os bandeirantes rumo a Minas Gerais, em busca do ouro, e onde os jesuítas encontraram um "clima fresco" semelhante ao europeu e fundaram o Real Collegio.
O "pequeno amontoado" de casas é hoje uma metrópole de 10,4 milhões de habitantes, uma das mais populosas do mundo. O clima fresco de 457 anos atrás hoje está bem mais quente, graças ao concreto, aos automóveis e à escassa arborização. Até a famosa garoa, que consagrou a cidade, está se tornando coisa do passado. A cidade assistiu a uma transição da chuva fraca e contínua para aquelas intensas e rápidas, que provocam as já também famosas enchentes.
São Paulo demorou para se desenvolver. Até 1876 a população local era de 30 mil habitantes. Com a expansão da economia, graças especialmente ao café, em menos de 20 anos este número pulou para 130 mil. Mesmo pequena, a cidade pensava grande. O Viaduto do Chá foi inaugurado em 1892 e, em 1901, foi aberta a Avenida Paulista, a primeira via planejada da capital. A via, que viria a se tornar endereço dos barões do café, não tinha nenhuma casa na época, mas o engenheiro responsável pela obra, Joaquim Eugênio de Lima, profetizava que ela seria "a via que conduzirá São Paulo ao seu grande destino".
Outras grandes obras, como a Estação da Luz e o Theatro Municipal, comemoraram a entrada no século XX e marcaram uma nova fase na vida da cidade. São Paulo se industrializava e, para atender à demanda, imigrantes de diversos países da Europa e do Japão adotaram uma nova pátria, fugindo das guerras. Entre os anos de 1870 e 1939, 2,4 milhões de imigrantes entraram no estado de São Paulo, segundo dados do Memorial do Imigrante.
Italianos, japoneses, espanhóis, libaneses, alemães, judeus. Dezenas de nacionalidades estabeleceram comunidades em São Paulo e contribuíram para que a cidade se tornasse um rico centro cultural e um exemplo de como povos com histórico de guerras e disputas podem viver em paz.
Isso sem falar dos migrantes, que ainda hoje saem de seus estados e municípios em busca da 'terra da prosperidade' e do trabalho, onde todos vivem com pressa. Como diz a música "Amanhecendo", de Billy Blanco: "Todos parecem correr/ Não correm de/ Correm para/ Para São Paulo crescer".
Muitos prosperam na cidade mais rica da América Latina, mas outros tantos engrossam a lista de desempregados, que oscila em torno de 17% da população economicamente ativa. Sem emprego ou em subempregos, essas pessoas entram também na estatística dos habitantes que vivem em favelas – mais de 1 milhão, de acordo com dados da Secretaria de Habitação. O desafio de São Paulo é continuar correndo para reduzir estes números.
São Paulo é grande porque tem...
- o Museu de Arte de São Paulo (MASP), o mais importante museu de arte ocidental da América Latina;
- o Instituto Butantan, que abriga uma das maiores coleções de serpentes do mundo, além de ser o mais moderno centro de produção de vacinas e soros da América Latina;
- a São Paulo Fashion Week, principal semana de moda da América Latina e uma das mais importantes do mundo;
- a Universidade de São Paulo (USP), terceira maior instituição da América Latina e colocada entre as cem mais conceituadas no mundo;
- a Bovespa, maior centro de negociação de ações da América Latina;
- a Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), sexta do mundo em volume de negócios, com lances médios diários de US$1,8 bilhão;
- o Hospital das Clínicas (HC), maior complexo hospitalar da América Latina;
- 75% dos eventos realizados no País;
- uma frota de quase 5 milhões de automóveis, o correspondente a 1/4 do total do País;
- 12,5 mil restaurantes e 15 mil bares de dezenas de especialidades, o que lhe rendeu a fama de capital gastronômica do mundo.
- mais de 1/3 do PIB (Produto Interno Bruto) do País.
Fonte: SampaArte
Fonte: SampaArte
Nenhum comentário:
Postar um comentário