segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Música Paulista – Grande São Paulo (Billy Blanco)


Na sinfonia,
Que é de todos os barulhos,
De Santo Amaro,
Ao Brás, ao Centro,
Ao ABC,
Por Santo André,
Vila Maria,
Até Guarulhos,
Grande São Paulo,
Como eu gosto de você.
São Paulo que amanhece trabalhando,
São Paulo que não pode adormecer,
Porque durante a noite,
O Paulista vai pensando,
Nas coisas
Que de dia vai fazer !
São Paulo que amanhece trabalhando,
São Paulo que não pode adormecer,
Porque durante a noite,
O Paulista vai pensando,
Nas coisas
Que de dia vai fazer !

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Curiosidade Paulista – Desvendando o Tatuapé



A paisagem do bairro do Tatuapé mudou rapidamente e de muitas formas no decorrer da sua história, sempre se adaptando ao momento que a cidade atravessa. Como a maioria dos bairros de São Paulo, o Tatuapé era uma grande área verde, que foi sendo loteada.
Da região, me lembro de passear, quando criança, no Piqueri que, à época, era uma chácara da minha família. Além de pomar e granja, havia centenas de árvores de mais de 50 espécies e um lindo jardim francês. Minha prima, que morava lá, contava que seus avós criavam búfalas para produzir mozzarela. Ainda me recordo que a área da chácara ia até o barranco do rio Tietê. A área foi desapropriada em 1976, incorporada ao patrimônio municipal e aberto ao público.
Hoje, o Parque do Piqueri é, em minha opinião, um dos mais bonitos parques de São Paulo. Vale a pena visitar.
A presença italiana no Tatuapé sempre foi muito forte. No século XIX, a chegada de imigrantes trouxe as vinícolas para a região, com destaque para as famílias Marengo e Camardo, que hoje dão nome a ruas do Tatuapé.
No fim dos anos 20, foi construído um dos grandes símbolos do bairro: o Parque São Jorge, sede do time do Corinthians, que conquistou torcida principalmente na zona leste de São Paulo.
Nos anos 60, quando a industrialização de São Paulo estava no auge, o cenário do bairro mudou. Com as indústrias que ocuparam os terrenos, vieram também os operários. Foi quando a Avenida Celso Garcia começou a receber seus primeiros comércios e tornou-se o principal acesso da zona leste ao centro da cidade – até a criação da Radial Leste, em 1972.
Hoje a paisagem do Tatuapé é outra. Áreas verdes, fábricas e casas deram lugar a edifícios de alto padrão, faculdades, shoppings. A Praça Silvio Romero, com muitos bares e restaurantes, atrai paulistanos de todas as regiões. De manhã, ainda é o ponto de encontro dos moradores mais antigos.
Com a valorização da região, quem mora no Tatuapé tem opinião unânime: mesmo enfrentando a trânsito difícil na Radial Leste, não troca o bairro por nenhum outro lugar de São Paulo.

Artigo de Andrea Matarazzo
Fonte: Diário de São Paulo
Publicado em 26/11/2011

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Informativo Cultural Paulista – Seleção De Grupos De Teatro



Projeto Ademar Guerra convida grupos teatrais para seleção para orientação artística
O Projeto Ademar Guerra, programa da Secretaria de Estado da Cultura, convida os grupos teatrais interessados em receber orientação artística no ano que vem. As inscrições estão abertas desde 01 de dezembro de 2011 e prosseguem até 01 de fevereiro de 2012. As instruções para os candidatos estão disponíveis no site http://www.oficinasculturais.org.br/projeto-ademar.

Serão selecionados pelo Projeto até 35 grupos teatrais sediados nas cidades do interior, litoral e região metropolitana do Estado de São Paulo, exceto capital. Eles receberão orientação técnica e artística de um profissional de teatro que atuará junto ao grupo, em sua própria cidade, em dois encontros mensais de 6 horas cada, realizados quinzenalmente.

“Esta ação é um exemplo do que o Governo do Estado de São Paulo faz para apoiar e fortalecer a produção artística de fora da Capital, o que é essencial para a democratização do acesso à cultura”, afirma o Secretário de Estado da Cultura, Andrea Matarazzo.

O projeto Ademar Guerra foi criado em 1997 pela Secretaria de Estado da Cultura com o objetivo de propiciar orientação artística a grupos teatrais em atividade no interior e litoral do Estado de São Paulo. Desde então, artistas-orientadores atuam junto a grupos selecionados, acompanhando seus projetos de pesquisa e montagem de espetáculos.

A curadoria do projeto é do diretor Sérgio Ferrara que trabalhou com grandes atores como Paulo Autran, Raul Cortez, Eliane Giardini e Rosi Campos, além de grandes dramaturgos como Maria Adelaide Amaral, Mário Bortolotto. Com Plínio Marcos, trabalhou no Teatro de Arena. Por sua direção do espetáculo Pobre Super-Homem, de Brad Fraser, ganhou o Prêmio APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) de melhor diretor.

“Eu sinto que posso trazer para o Projeto o olhar instigante e transgressor da minha profissão, além de abrir possibilidade de socializar conceitos e ideias. Nesse sentido, o olhar para o interior é fundamental. Precisamos saber o que as pessoas estão pensando, porque no fundo o que fomenta as idéias é a relação do espaço da comunidade, do coletivo e do humano, que é universal”, afirma Sérgio Ferrara.

A coordenação geral do projeto Ademar Guerra está a cargo de Aldo Valentim, mestre em Artes pela Unicamp e mestrando em Gestão Pública pela FGV. Valentim já havia coordenado o projeto Ademar Guerra entre os anos de 2003 a 2006. “Em 2012 ampliaremos as ações do Projeto com objetivo de atender mais jovens artistas. Encontros, mostras e ações culturais farão parte do cronograma, proporcionando mais oportunidade para qualificação dos jovens e grupos interessados no Teatro”, afirma Valentim.

SOBRE ADEMAR GUERRA

Um dos mais influentes diretores teatrais da geração formada a partir da década de 1950 no TBC. Assinou a direção de alguns dos espetáculos que marcaram a época áurea do teatro brasileiro na década de 1960, como "Oh, que delícia de guerra", "Marat/Sade" e "Hair“.
Artista multimídia, Ademar Guerra também deixou sua marca na televisão, com "Vila Sésamo", os teleteatros nas TVs Excelsior e Cultura, os especiais na Globo; na música com "Momento 68" ; na Ópera "Cosi Fan Tutte" de Mozart; e na dança como um dos principais colaboradores do Ballet Stagium.

Em 1964, a Secretaria de Estado da Cultura realizou seu primeiro projeto de monitoramento profissional dirigido a grupos amadores no interior do Estado de São Paulo. Ademar Guerra foi o escolhido para orientar um grupo de Santo André. O resultado do trabalho foi a montagem de "Gente como a gente", de Roberto Freire. Ademar Guerra não imaginava, mas naquele momento acabara de lançar a semente do projeto que até hoje leva o seu nome.

Seleção de grupos de teatro para o Projeto Ademar Guerra
Até 01 de fevereiro de 2012

Fonte: Assessoria de imprensa - SEC
Data: 10/01/2012

Andrea Matarazzo fala sobre sua decisão de ser pré-candidato a prefeitura de São Paulo

Opinião Paulista – Feliz Aniversário São Paulo!



São Paulo, 458 anos! Parabéns São Paulo pelos seus 458 anos, uma eternidade! São Paulo, a locomotiva do Brasil! Terra que abriga a Avenida Paulista, a principal via do país, a Bovespa, centro das finanças nacionais, o Porto de Santos, de onde escoa toda produção nacional, as melhores rodovias do Brasil, formando uma ampla rede de distribuição, as maiores indústrias nacionais, produtoras de insumos consumidos pelas demais regiões. São Paulo, terra da diversidade cultural! Terra que abriga italianos, japoneses, alemães, espanhóis, eslavos, portugueses, franceses, norte-americanos, ingleses, holandeses, judeus, chineses, indianos, coreanos, árabes, libaneses, turcos, romenos, ciganos, russos, polacos, nordestinos, quenianos, africanos, angolanos, bolivianos, paraguaios, equatorianos. Terra que abriga executivos, hippies, punks, comunidade gay, hip hop, grafiteiros, skatistas, rockeiros, nerds e todas as tribos do mundo. Terra que curte a Festa de Nossa Senhora Achiropita, a Corrida de São Silvestre, a Parada do Orgulho Gay, o Carnaval, o Ano Novo Chinês, o Festival de Flores de Holambra, a Festa da Uva, o Rodeio de Barretos, o Hanamatsuri. São Paulo, cidade histórica! Terra das aventuras dos bandeirantes, das batalhas e rituais indígenas, das descobertas dos mineradores de ouro, das enormes fazendas de café e dos barões de café, da difusão de ideais anarquistas e socialistas, da dura rotina dos operários das fábricas paulistas, dos jovens revolucionários da Revolução de 32, dos artistas da Semana da Arte Moderna de 22, das famílias tradicionais, empreendedoras e progressistas, tal como os Matarazzo, de líderes populistas como Adhemar da Barros, Jânio Quadros, Paulo Maluf e Orestes Quércia e de tucanos tecnocratas como Franco Montoro, Mário Covas, Geraldo Alckmin e José Serra. São Paulo, templo da modernidade! Com seus bares, pontos de happy hour, cafeterias, restaurantes, cinemas, museus, baladas, luzes, aeroportos, bibliotecas, shows, praias, partidas de futebol, teatro, exposições, hotéis, lojas, shoppings Center, arranha-céus, vitrines, universidades, lan houses, tecnologia, arquitetura moderna, design e toda uma sincronia de cores. Parabéns São Paulo! Tudo de bom pra você! Continue sempre assim! E que venha o bolo de aniversário quilométrico para todos os paulistas se lambuzarem, brigar por cada pedaço de bolo, despedaçarem o bolo, se esbaldarem e soprar as velinhas! As 458 velinhas!

sábado, 7 de janeiro de 2012

Música Paulista – Eu Canto São Paulo (Jorginho do Império)


São Paulo,
Dentro de você eu não me calo,
Canto o meu samba, com a maior empolgação,
São Paulo,
Canto o meu samba pra você agora,
Chegando a hora, tenho que ir embora,
Mas, de tí eu não esqueço não !
São Paulo, das noites de frio,
No Rio, sinto mais calor,
O Rio, me inspira em poesia,
São Paulo, me inspira em amor !
Nesta madrugada triste,
Ao romper da aurora,
Meu amor, fica aí,
Que eu vou embora !
Nesta madrugada triste,
Ao romper da aurora,
Meu amor, fica aí,
Que eu vou embora !
São Paulo...

Curiosidade Paulista – Parelheiros e a Cratera de Colônia





Na semana passada fui novamente a Parelheiros, no extremo da zona sul da cidade. Bem diferente dos bairros mais centrais de São Paulo, Parelheiros é o nosso maior distrito – sua área ocupa 25% da cidade –, surpreendente pela grande quantidade de áreas verdes e por ter pouca população. No sábado em que estive lá, o dia estava bastante chuvoso e, com aquele cenário inusitado, a impressão é de não estar em São Paulo.
Fui recebido na casa do ambientalista Sebastião Carmo, que há mais de 20 anos realiza um trabalho de conscientização na região. Por causa de esforços como esse, os moradores de Parelheiros lutam para preservar o meio ambiente e reconhecem a importância do verde que há no bairro, não só para eles, mas para toda a cidade. Atualmente, a região tem mais de 200 produtores rurais, além de criadores de gado como o Goiano, que há 14 anos cria bois, vacas, porcos e cavalos em Parelheiros.
Um dos momentos mais interessantes da visita foi a palestra do professor Victor Velázquez sobre a Cratera de Colônia. Com quase 4 km de diâmetro, ela foi descoberta em 1961, de forma acidental, por meio de fotos aéreas. Foi tombada pelo Condephaat em 2003. E está em Parelheiros!
De acordo com o professor, é praticamente comprovado que a cratera nasceu por causa do impacto de um asteróide. Estudos feitos nos resíduos encontrados ali indicam a origem e o tempo que o impacto aconteceu: entre 5 e 35 milhões de anos.
A uma hora do centro de São Paulo, Parelheiros é uma região de grande potencial turístico, em especial ecológico. Há mais de 30 quedas d’água na região, diversas trilhas, a nascente das represas Billings e Guarapiranga, além de tribos de índios guaranis, que recebem pessoas interessadas na sua cultura.
Hoje, ainda há problemas no acesso ao bairro, principalmente pela falta de sinalização e asfalto ruim na Estrada de Parelheiros. Mas recomendo que os paulistanos visitem a região para ver que São Paulo é muito mais do que pensamos.

Artigo de Andrea Matarazzo
Fonte: Diário de São Paulo
Publicado em 22/10/2011