quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Informativo Cultural Paulista – Piotr Kunce / 40 Anos de Cartazes Brasileiros


MIS abre espaço para reflexão do design gráfico com as mostras 40 anos de cartazes brasileiros e Piotr Kunce
Além de anunciar programas e acontecimentos locais, os cartazes trazem ao designer grande visibilidade e inúmeras possibilidades criativas dentro da amplitude e popularidade de seu suporte. Com este mote, o MIS em comemoração ao aniversário de São Paulo, inaugura o projeto Acervo Vivo de 2012, no dia 25 de janeiro, com as mostras Acervo Vivo – 40 anos de cartazes brasileiros e Piotr Kunce, que traz 85 cartazes deste desenhista e artista gráfico polonês.

“A criação de cartazes é um campo abrangente para a experimentação de linguagens, e reflete não apenas o desenvolvimento tecnológico e cultural, mas também o espírito das sociedades urbanas que os produziram e o MIS traz essas mostras com a intenção de revelar o design gráfico como expressão da cultura e o entrelace da história da comunicação com a publicidade”, revela André Sturm, diretor executivo do Museu.


Piotr Kunce
Em uma parceria do Museu da Imagem e do Som, Consulado Geral da República da Polônia e Urszula Groska Produções, a mostra Piotr Kunce compilou 85 cartazes do desenhista e artista gráfico polonês, reunindo os principais trabalhos do artista, cuja atuação visa manter a arte do cartaz viva.

Piotr Kunce já teve suas obras expostas nas mais importantes mostras e bienais de artes gráficas do mundo e dirigiu vários workshops sobre cartaz no Canadá, República Checa, Chile, Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, México e Eslováquia. Sua atuação está voltada a manter viva a arte do cartaz e, hoje, ele é considerado um dos mais renomados designers de cartazes. Em seu trabalho, ele une a essência da criação polonesa tradicional com um toque de humor em cartazes diretos, fortes e, ao mesmo tempo, lúdicos.


Acervo Vivo – 40 anos de cartazes brasileiros
A exposição 40 anos de cartazes brasileiros busca traçar um importante panorama de design de cartazes. A mostra traz peças raras e representativas da produção nacional, que anunciaram filmes, espetáculos, eventos literários e exposições de artes visuais, e foram selecionadas entre as 3.000 que integram o acervo do MIS.

Os cartazes escolhidos, datados de 1959 a 2001, apresentam alguns dos mais importantes designers de cartazes brasileiros, como Emilie Chamie, Guto Lacaz e Vicente Gil, que, por meio de seus trabalhos, representam diversas soluções semânticas, técnicas e sintáticas na concepção do layout dessas peças e revelam um pedaço da trajetória da arte gráfica do País.


Acervo Vivo
Piotr Kunce | 40 anos de cartazes brasileiros
Data: quarta-feira, 25.01
Local: Espaço Redondo e WebMIS
Entrada: gratuito
Classificação etária: livre
Museu da Imagem e do Som - MIS
Avenida Europa, 158, Jardim Europa, São Paulo | (11) 2117 4777       | www.mis-sp.org.br
Estacionamento conveniado: R$ 8 (até as 18hs, por período de até 6 horas); R$ 15 (período superior a 6 horas e após as 18hs). Acesso e elevador para cadeirantes. Ar condicionado.
Fonte: Assessoria de imprensa - MIS
Data: 26/12/2011

Opinião Paulista – Natal Paulista



Na época do Natal, a cidade de São Paulo fica toda iluminada e enfeitada para receber visitantes e turistas de toda parte.
A Avenida Paulista se vê cercada de luzes, decorações, enfeites, presépios, coral, música, show, fogos de artifício, pisca-pisca e muita, mas muita gente, que congestiona o tráfego de veículos, chegando a ser interditada, tornando o metrô o único meio de transporte viável para se trafegar na avenida, de tanta gente que visita a via para apreciar os prédios públicos, em especial a FIESP e a Fundação Bradesco, decorados sob o clima de Natal.
O Parque do Ibirapuera ganha uma árvore de Natal gigantesca toda iluminada, sua fonte de água ao lado de um jogo de luzes se transforma em um espetáculo natalino que pode ser apreciado pelos veículos que passam ao seu redor, suas árvores são enfeitadas com luzes pisca-pisca de todas as cores, formando uma paisagem perfeita para tirar fotos e postar no Facebook.
A Ponte Estaiada ganha luzes coloridas e brilhantes, iluminando cada haste que dá sustentação a obra.
Os shoppings centers são ricamente, decorados, recebem os Papais Noéis profissionais para tirar fotos, abraçar as crianças e ouvi-las e são lotados por uma multidão ansiosa por presentear seus amigos e familiares, trocar presentes e consumir bastante no período, lotando e enchendo as lojas.
As casas são bem decoradas com enfeites caseiros, árvores de Natal natural e artificial, bonecos, pisca-pisca, luzes, fontes de água e muito brilho.
Enfim, passear a noite pela cidade de São Paulo em plena época do Natal é um espetáculo de luzes e cores sem precedentes, vale a pena sair de nossas casas para ir ao encontro do Papai Noel.

Música Paulista – Coração Paulista (Guilherme Arantes)


Eu amo você paranóica
seus olhos vidrados e duros
me fazem sofrer (coração paulista)
Eu nego você paranóica
da boca pra fora,
no sangue eu não sei lhe esquecer
(coração paulista)

De dia você paranóica
é uma abelha assassina
em busca de mel e poder
(coração paulista)
De noite você paranóica
persegue o meu sono
onde quer que eu procure me esconder
(coração paulista)

Oh, baby, o que é que me prende a você?
Oh, baby, o que é que me prende a você?

(coração paulista)
(coração paulista)

Eu vejo você paranóica
mais branca que a luz de mercúrio
a resplandecer (coração paulista)
eu sinto você paranóica
no fundo de um túnel, num pátio de trens
a correr (coração paulista)
Escuto você paranóica
gritando no meio de um tráfego
de enlouquecer (coração paulista)
Respiro você paranóica
por todos os poros, seu veneno no ar
me faz viver (coração paulista)

Oh, baby, o que é que me prende a você?
Oh, baby, o que é que me prende a você?

sábado, 17 de dezembro de 2011

Curiosidade Paulista – Butantã: Crescimento Com Qualidade






No extremo oeste de São Paulo, o Butantã é um dos bairros que mais crescem na cidade. Ao andar na região, pude notar o quanto  se desenvolveu nos últimos anos, impulsionado pela chegada do Metrô. A proximidade com a USP e o aumento na oferta de serviços levaram muita gente a escolher o Butantã para morar.  Mesmo em fase de  rápido crescimento, a região conseguiu manter seus marcos históricos e suas áreas verdes. Só a USP tem mais de 1,6 milhão de m² de grama e árvores e a região ainda conta com os parques da Previdência, Raposo Tavares e Luis Carlos Prestes.  A história também está preservada. Nos séculos 17 e 18, o Butantã foi rota de bandeirantes em direção ao interior e, até hoje, estão presentes  marcas dessas passagens na Casa do Bandeirante, que fica na Praça Monteiro Lobato, e a Casa do Sertanista, na Praça Enio Barbato, fechada para restauro.
O Instituto Butantan é outro lugar histórico, fundado em 1901, após uma epidemia de peste bubônica. Para produzir o soro contra a doença, foi construído um laboratório, coordenado por Vital Brasil – que dá nome a  importante rua do bairro. Hoje, é um dos maiores centros de pesquisas biomédicas do mundo e produz  80% das vacinas do país. Recentemente, parte do acervo foi destruído por incêndio. Mas  é um lugar que vale a pena ver pelos museus, pelo serpentário e pelo  parque.
Também recomendo a visita à Cidade Universitária, para uma caminhada ou para conhecer os centros culturais, como o Paço das Artes, fundado em 1970, e o MAC, que foi criado há quase 50 anos, com a coleção particular de Francisco Matarazzo Sobrinho. Gostaria de ver, um dia, os muros da USP na Marginal Pinheiros trocados por grades, para que mais  pessoas pudessem aproveitar a paisagem.  Há muito  a ser feito na região. Ainda assim, o Butantã tem o mérito de acompanhar o crescimento de São Paulo, preservando seus patrimônios históricos e ambientais.

Artigo de Andrea Matarazzo
Fonte: Diário de São Paulo
Publicado em 23/07/2011

Antena Paulista – Teatro Municipal de São Paulo Completa Cem Anos


Exibido em 11/09/2011

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Informe Cultural Paulista – Campanhas Estaduais de Cultura


Quem tiver interesse em participar poderá se inscrever até o dia 30 de dezembro.
A Secretaria de Estado da Cultura prorrogou para o dia 30 de dezembro de 2011 o prazo das inscrições das Campanhas Estaduais de Cultura, com os temas LGBT (“Laços Afetivos”), consciência negra (“Nós, os Afro-Brasileiros”) e pessoa com deficiência (“Pela Arte se Inclui”).
Por meio de vídeos, crônicas, depoimentos e trabalhos das mais variadas linguagens, como teatro, música, canto ou dança, o público pode participar trazendo suas experiências à discussão. Os melhores trabalhos serão selecionados pela curadoria de cada campanha para participar de coletâneas em livros e DVDs.
As Campanhas Estaduais são realizadas desde 2007, com ampla participação popular e têm como objetivo fazer com que a população conheça a cultura dos segmentos vulneráveis da sociedade para assim estimular o debate sobre o tema e ajudar na quebra de preconceitos e paradigmas.
Mais informações e inscrições em: www.cultura.sp.gov.br/generoseetnias
Fonte: Assessoria de imprensa - SEC
Data: 05/12/2011

Opinião Paulista – Festa do Futebol



Quando vejo as partidas de futebol do Corinthians me vem na cabeça a paixão do paulista pelo futebol.
Em dias que tem jogo, vejo em todos os lugares de São Paulo pessoas com uniformes de seus times do coração, carros desfilando com bandeiras, bandeiras penduradas nas casas, bares lotados de torcedores em turma acompanhando as partidas de futebol, fogos de artifício no céu, inúmeros aparelhos de televisão transmitindo os jogos, bombas explodindo a cada gol dos times, estádios lotados e iluminados, formação de ondas nas arquibancadas dos estádios, torcidas organizadas se enfrentando no metrô, violência entre as torcidas, quebra-quebra após as derrotas dos times, festa que dura a noite inteira quando um time se torna campeão, desfiles de jogadores de futebol após a conquista de um título, pessoas cantando os hinos dos times, churrascos entre amigos para acompanhar os jogos na telinha, feriados e folgas do trabalho em dias de jogos da seleção brasileira durante a Copa do Mundo, o som das cornetas, ruas pintadas com as cores da bandeira, a gritaria da torcida, as conversas prolongadas em que só se discute sobre futebol, a réplica de Carnaval que se forma nas ruas, a Avenida Paulista fazendo festa, o Estádio do Morumbi repleto de barraquinhas de pipoca e cachorro-quente, o Estádio do Pacaembu lotado de jornalistas e repórteres, bolas vendendo adoidado nas lojas, muito samba e muito pagode.
Isso tudo adquire maior visibilidade especialmente com a torcida do Corinthians, a maior torcida do Brasil, como uma coluna de multidões apaixonadas, uma correnteza de água forte, uma população que tem o tamanho e a cara de São Paulo.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Música Paulista –Tema de São Paulo (Billy Blanco, em Sinfonia Paulistana)


São Paulo
Que amanhece trabalhando
São Paulo, que não sabe adormecer
Porque durante a noite, paulista vai pensando
Nas coisas que de dia vai fazer
São Paulo, todo frio quando amanhece
Correndo no seu tanto o que fazer
Na reza do paulista, trabalho é um Padre-Nosso
É a prece de quem luta e quer vencer

Começou um novo dia, já volta
Quem ia, o tempo é de chegar
Do metrô chego primeiro, se tempo é dinheiro
Melhor, vou faturar
Sempre ligeiro na rua, como quem sabe o que quer
Vai o paulista na sua, para o que der e vier

A cidade não desperta, apenas acerta a sua posição
Porque tudo se repete, são sete
E às sete explode em multidão:
Portas de aço levantam, todos parecem correr
Não correm de, correm para
Para São Paulo crescer

Vão bora, vão bora, olha a hora
Vão bora, vão bora, vão bora, vão bora
Olha a hora, vão bora, vão bora, vão bora

Vão bora, vão bora, olha a hora
Vão bora, vão bora, vão bora, vão bora
Olha a hora, vão bora, vão bora, vão bora


Curiosidade Paulista – O Brooklin de São Paulo


O tamanho e a força econômica de São Paulo fizeram com que a metrópole tivesse mais de uma região empresarial. Antes, o centro financeiro era a Avenida Paulista, mas logo bancos e empresas se instalaram também na Brigadeiro Faria Lima. Recentemente, a Avenida Engenheiro Luis Carlos Berrini, no Brooklin, passou a reunir empresas nacionais e multinacionais.
A vocação inovadora do Brooklin paulista está presente desde antes da sua fundação. Por ficar entre o centro da cidade e Santo Amaro, foi uma das primeiras regiões a receber uma linha de carris – vagões puxados por burros – no fim do século XIX. Depois vieram os bondes elétricos e o interesse de empresas, que foram se instalando ali.
Mas o grande desenvolvimento da região veio com a criação da Berrini. Para fugir dos preços de aluguéis na Avenida Paulista, o engenheiro Roberto Bratke e seu irmão Carlos, filhos do grande arquiteto Roberto Bratke, investiram na região, que ainda era um lugar pantanoso. Instalaram seu escritório e iniciaram a construção de avenida. Os preços baixos atraíram empresários, que deram ao bairro o perfil que ele tem hoje.
Quando foi oficialmente criado, em 1922, o nome Brooklin surgiu por causa do distrito americano que faz parte de Nova York. A influência americana se estendeu também para os nomes das ruas do bairro: Flórida, Kansas, Califórnia, Mississipi – muitas delas, residenciais.
A belíssima Ponte Estaiada é mais uma inspiração do Brooklyn americano, já que guarda semelhanças com a ponte mais famosa de Nova York. No entanto, a ponte paulistana tem seu diferencial: é a única no mundo com duas pistas em curva conectadas ao mesmo mastro. Um desafio de engenharia e arquitetura, já que as curvas exigem cálculos diferentes para cada cabo. Inaugurada em 2008, a Ponta Estaiada já é um dos cartões-postais da cidade.
Nos fins de semana, o bairro muda seu perfil. A movimentação de carros e pessoas diminui e a tranqüilidade toma conta do bairro. Mesmo em contraste, a agitação da Berrini e a calma das ruas residenciais convivem em harmonia no Brooklin.

Artigo de Andrea Matarazzo
Fonte: Diário de São Paulo
Publicado em 12/11/2011

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Informe Cultural Paulista - Banda Sinfônica Jovem


Banda Sinfônica Jovem do Estado recebe Coral da UNESP em concerto gratuito no Memorial da América Latina
Sob regência de Mônica Giardini e Vitor Gabriel a apresentação traz as peças natalinas Christmas Cantata e A Christmas Celebration, entre outras. O concerto acontece no próximo domingo (27), às 19h.
A Banda Sinfônica Jovem do Estado, grupo musical do Governo do Estado de São Paulo e da Secretaria da Cultura realiza sob a regência de Mônica Giardini concerto gratuito no próximo domingo (27), às 19h, no Memorial da América Latina. A apresentação contará com a participação do Coral da UNESP e seus 90 cantores, sob a regência de Vitor Gabriel, além de trazer ao público duas peças natalinas.
O repertório tem início com “Ode” a Santa Cecília, do compositor Norman Dello Joio, obra que conta a história de Santa Cecília, a padroeira dos músicos, cujo dia é celebrado em 22 de novembro. Em seguida, será apresentada Magnificat, de Orlando de Lassus, com arranjo criado pelo professor da EMESP Tom Jobim, João Vitor Bota. O encerramento fica por conta de duas peças natalinas: Christmas Cantata, de Daniel Pinkham, e A Christmas Celebration, de Alfred Reed.

Programa
Norman Dello Joio
“Ode” a Santa Cecília
Orlando de Lassus
Magnificat
Daniel Pinkham
Christmas Cantata
A Christmas Celebration
(Of Songs and Carols)

Mônica Giardini – regente Banda Sinfônica Jovem
Mestre em musicologia pela Universidade de São Paulo (USP), atualmente cursa doutorado nessa universidade. Formada em Piano, bacharel em Violão e Pedagogia Plena, Mônica Giardini estudou regência orquestral e de banda com os maestros Osvaldo Lupi, Willian Nichols e Eleazar de Carvalho, entre outros. Aperfeiçoou-se em diversos festivais de música como o de Bachakademie, em Sttutgart (1995). Participou como regente de várias conferências e congressos de bandas sinfônicas, entre eles, na Cidade do Cabo, África do Sul (2005), e em Córdoba, Argentina (2006). Foi assistente de direção artística da Banda Sinfônica do Estado de São Paulo. Ministrou cursos de regência, prática de ensaios de orquestra e de banda na EMESP Tom Jobim, Projeto Guri, Pró-Banda e Funarte. É regente titular da Banda Sinfônica Jovem do Estado desde 1993.
Banda Sinfônica Jovem do Estado
A Banda Sinfônica Jovem do Estado foi criada em 1993, sob a regência de Mônica Giardini. Em 18 anos de atividades tem executado composições originais para Banda Sinfônica, arranjos de autores consagrados da música erudita e obras do repertório popular. Formado por alunos da Escola de Música do Estado de São Paulo – Tom Jobim (EMESP Tom Jobim), o grupo participa de importantes eventos na capital e no interior do Estado, com atuações em óperas, poemas sinfônicos e em obras como a primeira audição da ópera Treemonisha, de Scott Joplin, e Paulistana – Retrato de uma Cidade, de Billy Blanco. Entre os convidados que recebe estão artistas como o maestro húngaro Laszlo Marosi, e solistas como Hector Costita, Raul de Souza, Isaías e seus Chorões e Naná Vasconcelos. A Banda é um dos grupos de difusão e formação musical da EMESP Tom Jobim, escola do Governo de São Paulo, que tem como executora a Santa Marcelina Cultura. Com o patrocínio da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (CTEEP), é uma realização do Ministério da Cultura, por meio da Lei Rouanet e do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Estado da Cultura.
Vitor Gabriel – regente Coral
Bacharel em Composição e Regência (IMSP), mestre e doutor em História, leciona no Instituto de Artes da UNESP. Premiado pela APCA como melhor regente coral, dirigiu a Associação Coral Schola Cantorum de São Paulo, o coral Tempero Ad Libitum do Instituto de Artes e o Caracoral. Fundador e regente do Brasilessentia, grupo vocal dedicado ao repertório sacro brasileiro dos séculos XVIII e XIX, além de idealizador e regente do Coro de Câmara da UNESP.
Coral da UNESP
O Canto Coral sempre esteve presente no Instituto de Artes da UNESP como parte integrante de suas atividades curriculares. Participam os alunos dos cursos de Canto, Composição, Regência, Instrumentos e Licenciatura em Educação Musical, formando três grupos distintos: O Coral UNESP/Instituto de Artes (o mais antigo), o Coro de Câmara da UNESP (criado em 2005) e o recém-criado Coro Masculino UNESP/Instituto de Artes (2010). Cada coro tem seu regente, seu repertório e cronograma de atividades e concertos. Os coros se reúnem para a execução de um repertório único quando há desejo e/ou possibilidade.

Sobre a Escola de Música do Estado de São Paulo - Tom Jobim
Com mais de 20 anos de atuação no ensino musical, a Escola de Música do Estado de São Paulo - Tom Jobim (EMESP Tom Jobim) é uma escola altamente especializada na formação dos futuros profissionais da música erudita e popular, com o oferecimento de uma formação completa e de excelência, estruturada com foco no ensino do instrumento e nas práticas coletivas (música de câmara e prática de conjunto), complementados por disciplinas de apoio. A Escola também proporciona aperfeiçoamento a músicos que já completaram sua formação e queiram aprofundar seus conhecimentos em áreas específicas, por meio de seus Cursos de Formação Avançada. Em 2010, a Escola estreou seu grupo residente de professores, a Camerata Aberta, dedicada ao repertório contemporâneo e ao ensino de técnicas instrumentais avançadas. O Grupo ganhou o prêmio APCA 2010 de música contemporânea pelo pioneirismo e excelência do trabalho realizado ao longo do ano.
Banda Sinfônica Jovem do Estado e Coral da UNESP
Data: 27 de novembro (domingo)
Horário: 19h
Duração: aprox. 60 min.
Local: Memorial da América Latina - Auditório Simón Bolívar
Endereço: Rua Auro Soares de Moura Andrade, 664 – Barra Funda
Informações:             (11) 3823-4600     
Indicação etária: LIVRE
Capacidade: 876 lugares
Acessibilidade: Sim
Entrada franca

Fonte: Assessoria de Imprensa Banda Sinfônica Jovem do Estado
Data: 22/11/2011

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Opinião Paulista – Terra das Enchentes


São Paulo, cidade conhecida antigamente como terra da garoa, é hoje conhecida como terra das enchentes.
Pois é, logo entramos no verão, estação das chuvas, das tempestades e das inundações.
Todo ano, os rios enchem, destroem casas, carregam os móveis, provocam doenças, desalojam a população, afetam os mais pobres, os morros deslizam, o lixo se espalha, param a cidade, geram congestionamento e provocam cenas lamentáveis.
Todo ano, são as mesmas desculpas por parte das autoridades, a população que joga lixo nas ruas entupindo os bueiros, São Pedro manda chuva em excesso para a cidade, não se imaginava uma tempestade dessas quando a cidade foi construída, culpa do aquecimento global e das mudanças climáticas, azar, falta de competência das gestões anteriores, falta de conscientização e de educação por parte da população e blá blá blá.
Prepare-se para a obra de arte: nuvens acinzentadas e pretas no horizonte, enormes gotas de água e gotas de gelo caindo do céu, luzes amarelas e brancas acompanhadas ao concerto do roncar dos trovões, lagoas, correntezas e poças de água a enfeitar a paisagem, filas enormes de carros de todas as cores a colorir nossa visão, cheiro de coisa molhada e da terra molhada a exalar em nossas narinas, o som e a linda canção do SPTV, montanhas de areia e barro a se fazer presente em toda a cidade de São Paulo, lagoas a surgir nas ruas, o festival de guarda-chuvas, o frescor da água escorrendo sobre a cidade, a arte que tem a cara de São Paulo.







quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Música Paulista – Hino a São Paulo (Paulo Florence / Fagundes Varella)


É no teu solo, em borbotões de sangue,
Que a fronte erguem destemidos bravos, 
Gritando altivos, ao quebrar dos ferros:
Antes a morte que um viver de escravos !

Foi nesses campos de mimosas flores,
A voz das aves, ao soprar do Norte,
Que um rei potente 
às multidões curvadas bradou,
soberbo: - Independência ou morte !

Foi do teu seio que surgiu, sublime,
Trindade eterna de heroismo e glória,
Cujas estátuas cada vez mais belas,
Dormem nos templos da brasílea história !

Pejaste os ares de sagrados cantos,
Ergueste os braços e sorriste à guerra,
Mostraste, ousado, ao murmurar das turbas,
Bandeira imensa da Cabrália terra.

Ei-a, caminha ! 
O parthenon de glória,
Te guarda o louro que premia os bravos,
Voa ao combate, repetindo a lenda:
Morrer mil vezes que viver escravos !

Curiosidade Paulista - O Verde e as Águas de Marsilac


São Paulo é uma cidade infinita, onde sempre há algo a ser descoberto. Um lugar ainda pouco conhecido até mesmo pelos paulistanos é Engenheiro Marsilac, último bairro paulistano ao sul da cidade, que faz divisa com Itanhaém e São Vicente. Pela proximidade com o litoral, é o único bairro em que é possível avistar o mar. Marsilac é uma região pouco habitada. No bairro, ainda vemos casas de madeira e com arquitetura antiga. Muitos moradores ainda usam fogão a lenha e plantam as verduras e os legumes para consumo próprio em seus quintais. 
O bairro é ocupado, em grande parte, por reservas de mata atlântica, sendo uma das áreas de proteção ambiental de São Paulo. Por causa do verde, dos rios e das cachoeiras, Marsilac está desenvolvendo seu potencial turístico. Para quem gosta de trilhas e contato com a natureza, é interessante conhecer o bairro, que já conta com algumas pousadas e espaço para camping. 
Uma das paradas obrigatórias é a Cachoeira de Marsilac, onde é possível nadar no Rio Capivari e aproveitar a queda d’água, formada pelas pedras. O lugar chega a receber mais de 300 pessoas, em dias de sol. Além da cachoeira, há trilhas para caminhar pela mata. Os mais aventureiros podem atravessar a Serra do Mar, em uma trilha de 25 quilômetros que chega até Itanhaém. 
O trem é outra atração do bairro, que tem sua história ligada à chegada da estação, que integrava a linha Mairinque-Santos, mesmo trajeto até hoje. O nome do bairro vem do engenheiro José Alfredo de Marsilac, que projetou o primeiro ramal ferroviário da região. Ao lado do vizinho Parelheiros, o bairro de Marsilac é mais uma prova da multiplicidade e contrastes da metrópole, onde há lugares históricos, diversas atrações de lazer e cultura e também espaços para contato com a natureza. É isso que faz de São Paulo uma cidade única e deslumbrante. 

 Artigo de Andrea Matarazzo 
Fonte: Diário de São Paulo 
Publicado em 30/07/2011

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Informe Cultural Paulista - Nós, Os Afro-brasileiros


Campanha da Secretaria de Estado da Cultura seleciona vídeodocumentários curtos sobre a população negra.
A Secretaria de Estado da Cultura está com as inscrições abertas para a campanha participativa “Laços afetivos”, visando à conscientização para a diversidade sexual. Qualquer pessoa pode inscrever-se com textos, depoimentos, crônicas ou reportagens sobre as relações familiares, de amizade, no trabalho e na escola, entre pais e filhos heterossexuais ou homossexuais.
As inscrições podem ser feitas por todos que tiverem boas histórias pelo site www.cultura.sp.gov.br/generoseetnias. Os melhores trabalhos serão selecionados pelos curadores Laura Bacellar e João Federici. Os ganhadores farão parte de um livro que será distribuído em escolas e bibliotecas para promover uma maior compreensão da diversidade humana.
“A cultura é um dos caminhos para transformar as pessoas e a sociedade. Realizando campanhas como esta, estamos agindo diretamente para reduzir preconceitos, promovendo o reconhecimento e o fortalecimento de grupos hoje discriminados”, afirma o Secretário de Estado da Cultura, Andrea Matarazzo.
A ação é coordenada pela Assessoria de Cultura para Gêneros e Etnias que, desde 2007, realiza campanhas com foco no combate às discriminações e no fortalecimento das identidades. Neste ano, além de “Laços afetivos”, foram lançadas também “Nós, os afro-brasileiros”, visando à conscientização para a diversidade étnica e cultural, e “Pela arte se inclui”, que reunirá exemplos de ações e projetos de inclusão de pessoas com deficiência.
Em “Nós, os afro-brasileiros”, o público poderá inscrever-se com pequenos vídeodocumentários apresentando personagens, fatos, lugares e histórias que tenham como base o fortalecimento da população negra. Os melhores vídeos serão selecionados pelo curador Jéferson DE e exibidos em mostras. O tema dessa campanha foi escolhido através de parceria com o Museu Afro Brasil.
Já em “Pela arte se inclui”, os melhores exemplos de trabalhos ligados à inclusão de pessoas com deficiência nas áreas da literatura, dança, fotografia, teatro, canto, música, circo, desenho e cinema também vão compor um livro/catálogo e participar de programação montada por ocasião das datas comemorativas de pessoas com deficiência.

Inscrições
Os interessados poderão se inscrever no endereço:
www.cultura.sp.gov.br/generoseetnias
Fonte: Assessoria de imprensa - SEC
Data: 01/11/2011

Opinião Paulista - A Arte do Trânsito de São Paulo


Quando penso em São Paulo, lembro de trânsito, congestionamento, filas de carros, rodízio de automóveis, estresse, dor de cabeça, caminhões atravessando a cidade, motoboys disputando espaço nas ruas, produção acelerada e em massa de carros e muita poluição. Trata-se de uma paisagem perturbadora, obscura, estressante, que nos dá aflição e que nos faz lembrar do ritmo semelhante ao de uma locomotiva, peculiar da cidade de São Paulo.
São Paulo vive o estresse diário. São pessoas que querem chegar ao serviço no horário certo, são pessoas que querem chegar logo em casa depois de um dia inteiro de trabalho duro, são trabalhadores que precisam pegar mais de uma condução para sustentar sua família, são motoboys e motoristas brigando por um espaço nas ruas, são caminhoneiros e motoristas se enfrentando no congestionamento, são acidentes que entopem e obstruem as vias de passagem, a fumaça que jorra dos automóveis, são as chuvas que param São Paulo e são motoristas estressados com o ritmo alucinado que movimenta São Paulo.
O trânsito de São Paulo é debate. Muito se discute em São Paulo a questão do rodízio de carros para reduzir a poluição, a questão de se aumentar os dias de rodízio de carros e a questão do rodízio de caminhões. Existe, além disso, a questão de se expandir o transporte coletivo por meio de metrô, ônibus e trem, a questão de se adotar o transporte alternativo e consciente por meio de carona e da bicicleta e a questão da necessidade de se reduzir a poluição e os seus efeitos sobre a população.
O trânsito de São Paulo também é arte. Há uma nuvem cinza e negra que cobre São Paulo, uma fumaça com cheiro de enxofre, saindo das fábricas, indústrias, escapamentos e automóveis e que ofusca a visão. Há um longo corredor e um anel gigante repleto de automóveis que corta toda a cidade de São Paulo envolvendo a Avenida Juntas Provisórias, a Avenida Tancredo Neves, a Avenida dos Bandeirantes, a Marginal Pinheiros e a Marginal Tietê, caminho mais conhecido da cidade. Há uma bandeira tricolor com as cores vermelho, preto e branco que poder avistada quando olhamos a Avenida 23 de Maio de um viaduto, em que o vermelho são as luzes dos carros que vem, o branco são as luzes dos carros que vão e o preto, o anoitecer. Verdadeiras obras de arte.
O trânsito da cidade tem estresse, debate e arte. Estresse, debate e arte, três coisas que tem a cara de São Paulo.



sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Música Paulista - Isto é São Paulo (Kazinho)


Mil, quinhentos e cinqüenta e quatro,
Quando de um colégio, deu-se a fundação,
Nasceu a capital de um estado,
Desta nação.
Que seria líder das demais,
Hoje a cidade que mais cresce neste mundo,
É cidade dos arranha-céus,
Maior centro cultural,
E industrial,
No trabalho, vem e vai,
Isto é São Paulo,
Meu Brasil,
Isto é São Paulo,
Meu Brasil.
O trabalho sempre foi seu lema,
Seu ordeiro povo ser trabalhador,
Mostrou em tantas obras sua força, o seu valor,
Obras que só fazem orgulhar,
Túnel Nove de Julho,
Elevado Costa e Silva,
Ibirapuéra, Parque Anhembi,
Corrida São Silvestre,
Estádio Morumbí,
E as estradas, pra rodar,
Isto é São Paulo, meu Brasil.
O seu samba hoje consciente,
Tem entrada franca, no Municipal,
E da aquele recital,
Para quem quiser apreciar,
Suas noites hoje, se aquecem com pandeiro,
Timba, cavaquinho e violão,
Depois o Carnaval, no Anhangabaú,
É samba em festa a desfilar.
Isto é São Paulo, meu Brasil...

Curiosidade Paulista - Conhecendo a Itália Sem Sair de São Paulo






O Brasil é o segundo país do mundo em população italiana, superado apenas pela própria Itália. Dos cerca de 25 milhões de imigrantes italianos e seus descendentes que vivem no País, metade estão no Estado de São Paulo. Não é por acaso que, ao circular pela Capital, é possível ver, ouvir, sentir, cheirar e saborear a presença italiana no dia-a-dia dos paulistanos.
São Paulo celebra a imigração italiana de diversas formas: da arquitetura e culinária ao sotaque e vida cultural. Há um pouco da Itália espalhado por todas as regiões. Convido o leitor para conhecer a história italiana no Brasil em um roteiro pela cidade.
Vejo esse passeio pela Itália que existe em São Paulo partindo da sede do Governo do Estado de São Paulo, o Palácio dos Bandeirantes, no Morumbi, cujo projeto básico foi feito pelo grande arquiteto italiano Marcelo Piagentini. A idéia inicial era que fosse a sede da Universidade Conde Francisco Matarazzo, imigrante italiano que aqui chegou em1886 e transformou-se em ícone da industrialização do Brasil.
Desço pela Rua das Begônias, em direção à Avenida IV Centenário, para contemplar a belíssima Praça Cidade de Milão que abriga a Fonte Milão-São Paulo, formada, ao centro, pelos brasões das duas cidades; nas laterais estão quatro estátuas (Noite, Aurora, Crepúsculo e Dia), réplicas de obras renascentistas de Michelangelo, que estão na Capela dos Médici, em Florença, Itália. Aliás, Milão e São Paulo são cidades-gêmeas desde 1962, quando foi fundado, na cidade italiana, o Largo de Brasília e, em São Paulo, a Praça Cidade de Milão, inaugurada pelo prefeito Prestes Maia. Em 2003, a fonte foi restaurada com recursos enviados pela Itália.
A alguns metros dali está o Parque do Ibirapuera, onde fica o prédio da Bienal, denominado Pavilhão Cicillo Matarazzo. Inspirado na Bienal de Veneza, Cicillo, filho de italianos, realizou a primeira Bienal de Arte de São Paulo em 1951. No Parque, fica ainda o Museu de Arte Moderna (MAM), também criado por ele, como um dos primeiros locais destinados para a produção modernista no Brasil.
Essencial para essa experiência será cruzar o Parque e visitar o antigo prédio do Detran, obra de Oscar Niemeyer, que segue em reforma para, ainda este ano, tornar-se sede do Museu de Arte Contemporânea (MAC), cujo acervo inicial, com cerca de 700 obras, foi fundado, também, por Cicillo Matarazzo. No acervo do novo MAC estão grandes obras de artistas italianos, como o auto-retrato de Modigliani, importantes quadros de Giorgio De Chirico e a escultura Cavalo de Marino Marini.
Ainda na região do Parque, vislumbro uma grandiosa obra do escultor italiano Galileo Emendabili. É o Obelisco Mausoléu aos Heróis de 32. O escultor, que morou em São Paulo, é também o autor da obra em homenagem a Ramos de Azevedo, hoje exposta na Cidade Universitária. Continuo a rota e, mais à frente, encontro o famoso Monumento às Bandeiras, um símbolo da cidade, feito por Victor Brecheret. Poucos sabem, mas, apesar do sobrenome, Brecheret nasceu na Itália, em Farnese, uma cidade perto de Roma.
O ritmo de São Paulo dita o fluxo de carros em direção ao centro da metrópole. Estou agora na 23 de Maio, e do outro lado da avenida, vejo o prédio da IBM, projeto do arquiteto italiano Giancarlo Gasperini. Construído no início dos anos 70, é um exemplo da inconfundível estética contemporânea de um grande arquiteto italiano que adotou São Paulo para viver.
Não é impossível passar por toda essa espécie de rapidez metropolitana e deixar monumentos pelo caminho. Refiro-me a um do Vale do Anhangabaú, o Monumento a Giuseppe Verdi, ilustre compositor italiano, feito por Amadeu Zani, o mesmo das esculturas que homenageiam Álvares de Azevedo, no Largo de São Francisco, Cesário Mota e Caetano de Campos, na Praça da República, e Alfredo Maia, na Praça Julio Prestes.
Há um fato indiscutível no centro de São Paulo: a concentração de marcas da influência italiana. Começo visitando três importantes prédios. Numa extremidade fica o Edifício Matarazzo, a maior construção em mármore travertino do mundo; modelo da arquitetura clássica italiana da década de 20, projeto de Marcelo Piagentini com Ramos de Azevedo. O prédio, construído por Francesco Matarazzo Junior, homenageou o seu pai, o conde Francesco Matarazzo, que aqui chegou em 1886, era sede das indústrias Matarazzo e, hoje, da Prefeitura de São Paulo.
Não posso deixar de passar também pela Praça João Mendes para ver a escultura “O engraxate e o jornaleiro”, de Riccardo Cipichia, que também é o autor de “A pega do porco”, obra que fica no Parque do Ibirapuera, no local que acabou conhecido como a “praça dos porquinhos”.
Outra evidência da presença italiana no centro é o edifício Martinelli, na Rua São Bento esquina com a Avenida São João. Primeiro arranha-céu da América Latina, foi inaugurado em 1929. O Comendador Martinelli mandou construir sua casa no alto do edifício para que os mais céticos acreditassem que ele não cairia.
Logo em seguida, dirijo-me ao Viaduto Santa Efigênia. Com suas linhas leves e harmoniosas, liga o Largo de São Bento ao bairro de Santa Efigênia. Tudo projetado pelos italianos Giulio Michele e Giuseppe Chiappri.
Nesse curioso roteiro pelo centro, incluo, quem sabe, a mais importante construção da região central, o Teatro Municipal, projetado pelos arquitetos italianos Domiziano e Claudio Rossi. Em frente ao teatro, está a obra “Monumento a Carlos Gomes”, de Luigi Brizzolara, homenagem ao compositor da ópera “O Guarani”. Nascido no Brasil, Carlos Gomes tinha estilo próprio, mas sua música teve muita influência da tradição italiana.
Do intitulado “centro velho”, passo ao “novo”. Lá está o Edifício Itália, o segundo maior do País em altura e um dos maiores exemplos de arquitetura verticalizada brasileira. O famoso Terraço Itália, no topo do edifício, oferece aos visitantes uma vista 360 graus da cidade. É um dos principais pontos turísticos paulistanos, além de ter um excelente restaurante – italiano, claro. No mesmo prédio, no 1º andar, fica o Circolo Italiano, que este ano completa 100 anos. Lá, faço uma parada, digamos, obrigatória: saborear alguma das massas com o melhor molho “bolognese” e uma raríssima língua “al madera”, comparável apenas à do Restaurante Gigetto, na Rua Avanhandava.
Já em direção ao leste da cidade, sigo firme para o bairro do Glicério. Deparo-me com a sóbria Igreja Nossa Senhora da Paz, que servia de apoio espiritual aos italianos que chegavam ao Brasil na década de 40. Lindamente decorada por afrescos do artista italiano Fulvio Pennacchi, aos poucos, a igreja passou a receber pessoas vindas de outros países além da Itália e passou a ser conhecida como Igreja dos Imigrantes. Até hoje, no primeiro domingo de cada mês, o padre Giorgio Cunial, de Possagno, reza a missa em italiano. A igreja Nossa Senhora da Paz é uma beleza típica da estética italiana.
A presença da indústria é marcante por toda cidade, especialmente nos bairros do Brás, Mooca e Belenzinho, onde a presença italiana se mantém forte – nota-se claramente o sotaque! – tanto pelos grandes prédios industriais como pelas vilas operárias, que acolheram os imigrantes que chegavam para ser a força de trabalho. Em uma dessas hospedarias, localizada na Rua Visconde de Parnaíba, na Mooca, foi criado o Memorial do Imigrante, atualmente em reforma, para reunir e preservar, documentos, objetos e a memória da imigração no Brasil.
Continuo no sentido da zona leste de São Paulo. O Parque Piqueri, no Tatuapé, traz lembranças da minha família. Explico-me: o Parque tem até hoje o portão original de quando era a casa de campo dos meus tios. Além de pomar, granja, criação de animais, como búfalos e lhamas, havia no local uma fábrica da verdadeira “mozzarella”, que abastecia parentes e amigos. Na mesma terra foram plantadas várias espécies de árvores – nativas e exóticas – na tentativa de conhecer aquelas que melhor se aclimatavam em São Paulo. Em 1976, a área foi desapropriada e definitivamente incorporada ao patrimônio municipal. A inauguração do parque ocorreu dois anos depois. Sem dúvida, é mais um lugar da cidade que vale a pena conhecer.
Na pausa para o descanso, sem perceber, lembro-me das tradicionais festas de rua promovidas anualmente pela comunidade italiana. Um exemplo é a da Rua Caetano Pinto, no Brás, onde fica a pequena igreja de Nossa Senhora de Casaluce, que todos os anos realiza uma bela festa italiana de rua. Nos mesmos moldes, não posso deixar de lembrar das festas de São Vito, no Brás, de San Genaro, na Mooca, e de Nossa Senhora de Achiropita, no Bixiga, que transformam esses bairros em “pequenas Itálias”. Em matéria de festa de rua, é fundamental citar as Ruas Avanhandava e 13 de Maio, onde encontramos uma infinidade de cantinas criadas e freqüentadas pelos imigrantes italianos e seus descendentes.
E por falar em Avanhandava, de ponta a ponta, a rua é ocupada por restaurantes, pizzarias e cantinas, que levam o nome de Walter Mancini, um personagem da cidade. Como Mancini, outros nomes italianos estão nas ruas e na mídia em São Paulo. Difícil não lembrar da família Civita ao folhear uma revista. Da mesma forma, ao ler o jornal, também encontramos nomes notáveis de representantes italianos.
Depois de andar por toda cidade nesse roteiro turístico ítalo-paulistano, é hora de jantar em uma das cantinas da cidade. Paro na Cantina do Gigio, na Rua do Gasômetro, no Brás. A decoração, os pratos, os vinhos, tudo faz com que nos sintamos na Itália. Mas não, estamos em São Paulo, e fica fácil perceber. A cantina é uma síntese da integração das colônias que para cá imigraram: o cantor de ópera é um japonês grisalho com pronúncia perfeita.
PS: para um descendente de italianos, melhor ainda seria jantar depois de acompanhar uma sonhada partida entre o Palestra Itália e o Juventus (da Mooca). O único problema nesta disputa é escolher para quem torcer.

Artigo de Andrea Matarazzo
Fonte: Revista Itália em São Paulo 2011
Publicado em 15 de Agosto de 2011

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Informe Cultural Paulista - Seleção de Bailarinos




Secretaria da Cultura e SESC selecionam bailarinos para Projeto Arsenale della Danza, com a Bienal de Veneza.
As inscrições poderão ser feitas até o dia 27 de outubro.
A Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo e o SESC, em parceria com a Bienal de Veneza, (Itália) realizam processo seletivo para bailarinos profissionais interessados em participar do projeto de dança Arsenale Della Danza – Body In Progress. Serão oferecidas oito vagas para o projeto, que ocorre de janeiro a maio de 2012, em Veneza, na Itália, e tem direção do coreógrafo brasileiro e diretor artístico do Festival de Dança da La Biennale di Venezia, Ismael Ivo.
A seleção é destinada a candidatos brasileiros, que devem ter experiência sólida e qualificada em dança contemporânea, com idade entre 18 e 25 anos.
As etapas do processo consistem numa pré-seleção, em que os candidatos deverão enviar uma carta de motivação e currículo com foto 3X4 e foto de corpo inteiro para o e-mail: arsenaledelladanza@pinheiros.sescsp.org.br até o dia 27 de outubro de 2011. Os 50 selecionados nesta fase serão comunicados até o dia 30 de outubro, por e-mail.
Seleção - Os 50 bailarinos selecionados na primeira etapa participarão de um Encontro Coreográfico com Ismael Ivo, nos dias 4, 5 e 6 de novembro no Teatro Sergio Cardoso (Rua Rui Barbosa, 153, Bela Vista, São Paulo) das 9h às 16h. Nesta etapa, serão selecionados até cinco bailarinos residentes no Estado de São Paulo e até três bailarinos dos demais estados brasileiros, para participar do programa em Veneza. Vale lembrar que as despesas para participar do Encontro Coreográfico em São Paulo serão de inteira responsabilidade dos próprios candidatos.
Veneza - Para os candidatos selecionados, o projeto prevê a permanência durante quatro meses (de janeiro a maio de 2012) sem interrupção, na cidade de Veneza, Itália. O programa inclui aulas diárias de dança, em um espaço multifuncional que facilita o diálogo com outras disciplinas artísticas como música, vídeo, fotografia, teatro, multimídia e arquitetura. Além disso, a Bienal de Veneza oferecerá aos participantes passagens aéreas, alimentação, seguro saúde, hospedagem e ajuda de custo durante a realização do programa.
São Paulo – Como resultado da residência na Itália, o grupo vai montar um espetáculo, dirigido por Ismael Ivo, a ser apresentado no SESC Pinheiros no início do segundo semestre de 2012. Depois, a montagem vai percorrer algumas cidades do interior de São Paulo, em teatros mantidos pela Secretaria de Estado da Cultura.
Para o Secretário de Estado da Cultura de São Paulo, Andrea Matarazzo, o projeto oferece uma ótima oportunidade aos artistas brasileiros. “Além da possibilidade de aprimoramento em Veneza, com um dos mais importantes coreógrafos da atualidade, os selecionados poderão mostrar depois seu trabalho no Estado, em turnê promovida pela Secretaria, por meio das Oficinas Culturais do Estado de São Paulo, e pelo SESC”, explica.
"O SESC sente-se honrado em participar desta parceria com a Secretaria de Cultura e com a Bienal de Veneza, que vai possibilitar vivências em dança contemporânea para um grupo de dançarinos brasileiros”, afirma Danilo Santos de Miranda, diretor regional do SESC em São Paulo. “Estimular a circulação de ideias e o intercâmbio de experiências é parte importante da missão institucional do SESC que, assim, dá continuidade ao seu trabalho de fomentar a produção cultural e o desenvolvimento pessoal por meio das artes".

Informações sobre inscrições e mais detalhes sobre o projeto podem ser obtidas  pelo portal SESCSP (www.sescsp.org.br ).
Fonte: Assessoria de Imprensa SEC
Data: 20/10/2011

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Opinião Paulista – Café a Bebida Paulista

Quando penso em São Paulo e na cultura paulista me lembro do café, bebida preta, meio amarga, excitante, agitadora e rica em cafeína.
Aquele cafezinho servido nas horas de descontração, depois do almoço, no café-da-manhã com pão francês, naquele friozinho, no happy hour, para nos manter acordado no serviço, para relaxar do estresse diário do paulista, para receber visita em casa, para servir na sala de recepção, para papear com os amigos e colegas.
Vale lembrar também que o café, o ouro verde, foi o motor do desenvolvimento de São Paulo durante muito tempo, surgindo no interior de São Paulo inúmeras fazendas repletas de plantações de café, trazendo imigrantes de diversas nacionalidades para trabalharem na lavoura de café, fazendo surgir os barões do café com seus grandes e imensos casarões e fazendas, criando a cultura e o ciclo do café proveniente da estrutura da máquina de exportação do café para o mercado internacional, fazendo muitos barões do café com seus casarões imponentes a virem morar na cidade de São Paulo, em especial na Avenida Paulista, movimentando toda uma economia paulista e movimentando enorme soma de dinheiro e recursos aplicados no café.
Hoje em dia São Paulo tem muitos bares e cafeterias que apresentam os mais variados e sofisticados cafés já vistos e imaginados, cafés frios, cafés expressos, cafés cremosos, cafés misturados, cafés mixados, capuccinos, sorvetes de café e tudo quanto se pode imaginar sobre essa bebida espetacular, onde a criatividade tem seu lugar.
Assim, aliando a vida cotidiana, a tradição histórica e a vida moderna, o café tem a cara de São Paulo.


Tradição Histórica 



Vida Cotidiana

Vida Moderna

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Música Paulista - Avenida Paulista (Rita Lee - Roberto de Carvalho)




Eu acordo bem cedo
E vou trabalhar
Meu coração caipira
Perdido na cidade
Sonha e suspira
Sonha e suspira
Sou fã número um
Do cantor popular
Da vida de artista
Da santa padroeira
Da Avenida Paulista
Da Avenida Paulista
Não existe praia
Pra afogar minha sede
Eu encho a cara
Eu picho a parede
Gosto de quem gosta
De arrancar um sorriso
Se eu curto a "fossa"
Eu perco o juízo
Na Avenida Paulista
Na Avenida Paulista

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Curiosidade Paulista - Vila Mariana: Bairro Cultural


Na educação, na saúde e na cultura, a Vila Mariana é um dos bairros de São Paulo com a melhor infra-estrutura. Bem localizado e com a facilidade de contar com as linhas verde e azul do metrô, o bairro é um exemplo de integração entre o tradicional e o novo, entre a história e a modernidade.
Vale fazer um roteiro para conhecer os lugares mais importantes. Um deles é o Colégio Arquidiocesano, de 1935, que chama a atenção pela arquitetura imponente, visível para quem passa pela Rua Domingos de Moraes.
Outro prédio interessante é o da Cinemateca Brasileira, onde ficava o antigo Matadouro Municipal, construído no começo do século XIX para suprir a demanda dos paulistanos. Os galpões, que serviam para abater animais, mantém sua arquitetura, mas agora guardam preciosidades do cinema nacional. Já na Rua Santa Cruz fica a primeira casa modernista do Brasil, projeto do arquiteto ucraniano Gregori Warchavchik. Os imensos jardins e a casa são abertos para visitação pública.
Entre a Vila Mariana e o Ibirapuera fica o prédio projetado por Oscar Niemeyer para receber o Palácio da Agricultura, ocupado pelo Detran até 2009. Estão no fim as obras para transformá-lo na nova sede do Museu de Arte Contemporânea da USP, que possui o mais importante acervo de arte moderna da América Latina. Ao lado fica o Instituto Biológico, com seus 14 hectares de área verde e o único cafezal urbano de São Paulo. Sua sede é um dos poucos edifícios do estilo arquitetônico art-decó na cidade. Em breve, seus muros serão substituídos por leves grades, que nos darão a oportunidade de aproveitar toda a paisagem.
Há ainda outros espaços de cultura, como o Sesc e o Museu que leva o nome do artista plástico modernista Lasar Segall. Talvez essa concentração de centros de arte tenha motivado a instalação de um grande número de faculdades na região. Entre as mais tradicionais estão a Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e o Centro Universitário Belas Artes. Hoje, a Vila Mariana é o bairro universitário de São Paulo.
Por meio da cultura, do lazer e da educação, é, hoje, uma das regiões mais valorizadas de São Paulo.

Artigo de Andrea Matarazzo
Fonte: Diário de São Paulo
Publicado em 03/09/2011

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Informe Cultural Paulista - “Filosofia no Cinema”

Luiz Felipe Pondé ministra curso “Filosofia no cinema” no Museu da Imagem e do Som Inscrições abrem em 4 de outubro e aulas começam no dia 5 de novembro. O MIS também oferece outras opções de cursos em diversas áreas, como “Gestão de projetos culturais”, “O cinema de Pedro Almodóvar”, “Desenvolvimento de games”, “Body mapping”, entre outros Dando continuidade à nova programação, o MIS, instituição da Secretaria de Estado da Cultura, lança até o final do ano uma série de cursos marcados pela grande variedade de temas e durações. O destaque é “Filosofia no cinema”, que acontece em novembro e é ministrado por Luiz Felipe Pondé – reconhecido filósofo, escritor, colunista e professor, que também está à frente do tradicional curso de História da Arte do MIS. O objetivo de “Filosofia no cinema” é fazer uma introdução ao cinema que faz filosofia e, para isso, serão trabalhados quatro grandes cineastas de diferentes escolas: o sueco Ingmar Bergman, o polonês Kieslowski, o americano Clint Estwood e o dinamarquês Lars Von Trier. “Em quatro encontros, discutiremos psicologia, teologia, tragédia e moral, seguindo os passos de quatro grandes conceitos trabalhados pelos cineastas: alma, Deus, destino trágico, mal e melancolia”, resume Pondé. O curso acontece de 5 a 26 de novembro aos sábados, das 11h30 às 13h, no Auditório LABMIS. São oferecidas 64 vagas e o valor é de R$30. As Inscrições estarão abertas a partir de 4 de outubro e devem ser feitas pelo site do MIS (www.mis-sp.org.br).
Diversidade
Como parte de sua nova programação, o MIS apresenta uma intensa variedade de cursos, com temáticas e durações diversificadas. Há opções tanto para capacitação técnica quanto para aprimoramento nas áreas de humanas e arte. Outra preocupação do museu foi em selecionar apenas ministrantes altamente qualificados e reconhecidos em suas respectivas áreas de atuação. Confira, abaixo, a lista dos próximos cursos oferecidos pelo MIS:
“Animação” Data: de 04 a 27 de Outubro Horário: de terças e quintas, das 19h às 22h Local: Sala de workshop Inscrição: Inscrições pelo site nos valores R$50,00 Sinopse: O curso visa desenvolver a capacidade individual de criar movimento. Para tal, teremos um rápido apanhado histórico da animação como expressão artística e seus principais protagonistas. Partindo para a prática entramos no processo de planejamento e execução de um pequeno exercício de movimento onde cada aluno desenvolverá sua capacidade de animar. Ministrante: Daniel Medina atua profissionalmente no ramo de animação há 16 anos, tendo desenvolvido mais de 3 horas de animação entre ficção, institucionais e educativos nas mais diversas técnicas com ênfase em recortes. “Fazendo Foley” Data: de 04 a 27 de Outubro Horário: de terças e quintas, das 09h às 12h Local: Sala de workshop Inscrição: Inscrições pelo site nos valores R$60,00 Sinopse: Dos passos de salto alto da mocinha ao revólver engatilhado do bandido, da porta pneumática da sala de comando interestelar aos clássicos cascos do cavalo do forasteiro, a oficina "Fazendo Foley" apresenta um panorama sobre o foley cinematográfico: suas técnicas, história e usos. Ministrantes: Colegas no Curso Superior de Audiovisual da ECA-USP, especializadas em som e em rádio, Guta Roim e Rosana Stefanoni trabalham juntas na Casablanca Sound desde 2008. Sob a supervisão de som de Luiz Adelmo, fizeram o foley de diversas produções do cinema e da TV.
“O cinema de Pedro Almodóvar: hedonismo e paródia” Data: de 06 a 14 de Outubro Horário: de quintas e sextas, das 18h às 21h Local: Auditório LABMIS Inscrição: Inscrições pelo site nos valores R$40,00 Sinopse: Dentro do contexto cultural espanhol pós-franquista surgiu um cineasta de talento e posteriormente de grande apelo popular. Pedro Almodóvar Caballero, 62 anos é representante de um período de transição e conseguiu migrar da cultura pop underground madrilena para o circuito comercial. Sua marca autoral é trabalhar com elementos da cultura pop, fundamentalmente a citação, pastiche e a paródia; mesclados com sua experiência pessoal da infância em La Mancha, e da busca pela liberdade na Madri, de La Movida, do final do franquismo e da transição para a democracia. Este curso analisará a aparição de Almodóvar dentro de um coletivo, onde ele era um dos líderes e como os grupos anteriores tinha a intenção de mudar o cenário insatisfatório das artes do momento, todos tinham como marca a busca do prazer e uma incrível vontade de chocar as velhas instituições. Ministrante: João Eduardo Hidalgo é doutor em Comunicação (Audiovisual) pela Universidade de São Paulo e pela Universidad Complutense de Madrid e especialista em Cinema Espanhol pela AECI Agencia Española de Cooperación Internacional. Já fez varias exposições individuais de fotografía, dirigiu alguns curtas-metragens e orientou a realização de mais de cinquenta. É professor da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação da UNESP, campus de Bauru, em Comunicação Social.
“Gestão de Projetos Culturais” Data: de 05 de Outubro a 30 de Novembro Horário: às quartas-feiras, das 19h às 22h Local: Auditório LABMIS Inscrição: Inscrições pelo site nos valores R$60,00 Sinopse: Muito tem se falado da Gestão Cultural, mas pouco tem se propagado sobre suas principais ferramentas. O objetivo deste curso é apresentar conceitos aliados a prática por meio de estudos e casos nacionais e estrangeiros. Neste sentido, serão abordados temas como planejamento estratégico (o que é? Como se faz?), inovação, articulação setorial, sustentabilidade e cooperação. Ministrante: Ana Paula Galvão é sócia da Gesta Cultura, empresa comprometida com a busca e divulgação de soluções em gestão cultural para empreendimentos no âmbito da Economia Criativa, cujo o expertise está na Gestão de Projetos Culturais. Especialista em Gestão Cultural e Organização de Eventos e graduada em Relações Públicas, ambas pela USP|ECA, a profissional dedica seus mais de 10 de anos de experiência profissional no setor a consultoria para empreendimentos de pequeno e médio porte.
“Body Mapping” Data: 04 e 05/10 (terça e Quarta)| 08 e 09/10 (sábado e domingo) Horário: terça e quarta das 18h às 22h/sábado e domingo das 14h às 18h Local: Oficina de Interfaces Inscrição: Inscrições pelo site nos valores R$50,00 Sinopse: A oficina consiste na apresentação de algumas técnicas de uso do corpo como suporte dinâmico de projeção. Por suporte dinâmico, entende¬-se uma superfície que tem suas propriedades espaciais modificadas no curso do tempo, a imagem projetada se adequando a estas mudanças em tempo real. O objetivo dos encontros é propor um espaço de experimentação com situações imagem¬ corpo por meio do uso de projeção e de uso de ferramentas digitais livres. Para tanto, se propõe a utilização de câmeras que realizam a leitura do posicionamento e contorno de corpos no espaço. Estas informações são analisadas por um software, que utilizam da informação proveniente das câmeras para gerar imagens que dialogam com o espaço desse corpo virtualizado, em tempo real. Estas imagens geradas retornam ao espaço físico por meio da projeção, reagindo aos seus movimentos, finalizando um ciclo de retroalimentação de imagens em que o corpo é o princípio e o fim. Ministrantes: Lina Lopes é graduanda no curso superior de audiovisual na universidade de São Paulo (ECA/USP), pesquisa a relação entre corpo, espaço cênico, linguagem da fotografia, do vídeo e das Arte&Tecnologias. Atua na área audiovisual em fotografia, roteiro e rádio-arte. Mateus Knelsen é mestrando em Diseño Comunicacional pela Universidad de Buenos Aires e formado em Design Digital pela Universidade Anhembi Morumbi, atua como pesquisador em design e poética de interfaces digitais e eletrônicas. Participou de quatro edições do Festival Internacional de Linguagem Eletrônica (FILE), na categoria Media Art. Integrou a equipe vencedora do prêmio Mídias Locativas do Vivo Arte.mov09 com o trabalho CultureRobot4.0. Ministrou oficinas junto a Universidade Anhembi Morumbi, ao Museu da Imagem e do Som de São Paulo, ao Centro Cultural España de Córdoba/Argentina, ao Espaço Trackers e a Escola Oi Kabum de Arte e Tecnologia do Rio de Janeiro.
“A Imagem é um lugar que não existe” Data: de 07 a 28 de Outubro Horário: às sextas-feiras, das 18h às 22h Local: Sala de Workshop Inscrição: Inscrições pelo site nos valores R$50,00 Sinopse: O workshop parte da perspectiva que a imagem é um lugar que não existe. Considera que uma parte da produção contemporânea documental não se limita mais a uma reprodução da realidade. Apresenta reflexões sobre os mais diversos aspectos do mundo construídas por um discurso audiovisual experimental. Este workshop discute características da produção de documentários contemporâneos: discursos visuais e as paisagens recriadas; ambiências sonoras; montagem; filmes de um homem só: documentários de arquivo; personagens realizadores; documentários autobiográficos. Pré-requisito: noções básicas de edição não linear Ministrante: Ananda Carvalho é curadora, crítica de arte e professora nos cursos de Produção Audiovisual e Rádio e TV na FMU/FIAM/FAAM. Doutoranda e Mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP e especialista em Criação de Imagem e Som pelo SENAC-SP. Em sua pesquisa de mestrado (com o apoio de bolsa CNPq) estudou os documentários brasileiros contemporâneos incorporando as confluências entre documentário e videoarte. Foi curadora da exposição [das imagens às coisas], Escola São Paulo, 2009, e assistente de curadoria da exposição Galeria Expandida, Luciana Brito Galeria, 2010. Escreveu textos críticos para o Canal Contemporâneo e para exposições realizadas no SESC-SP. Pesquisadora do grupo arte&meios tecnológicos (CNPq/FASM) desde 2007. Foi editora dos sites Canal Contemporâneo, do Centro Cultural da Espanha, do Museu da Imagem e do Som e do Paço das Artes. Em 2011, participa da residência Ateliê Aberto #5 na Casa Tomada.
“Princípios Básicos de Desenvolvimento de Games” Data: de 28 de Outubro a 11 de Novembro Horário: de quartas e sextas, das 09h às 13h Local: Sala de workshop Inscrição: Inscrições pelo site nos valores R$50,00 Sinopse: O workshop vai abordar as principais etapas de desenvolvimento de um game, introduzindo o conceito de Game Design e de criação e desenvolvimento de jogos para um contexto de pequenos projetos. Uma pincelada de cada etapa de desenvolvimento e das suas importâncias será dada, com o objetivo de proporcionar ao participante a chance de desenvolver o conceito de um jogo e de iniciar o processo de desenvolvimento na prática. Ministrante: Sabrina Carmona é atualmente Game Producer da idealizadora uma empresa brasileira de games. Atualmente faz mestrado em Comunicação e Semiótica na PUC-SP, pesquisando Games como Cultura. Coordena também o grupo de pesquisa CS: Games, com planos de expandir a pesquisa de videogame no país. Atualmente fortemente engajada em Dance Central, possui projetos ambiciosos de fazer games para consoles e de dar emprego na indústria de games para quem procura.
“ARQUITETURA DA LUZ - VJ/Vídeo-mapping” Data: de 01 a 29 de Novembro Horário: de segundas e terças, das 19h às 22h30 Local: Oficina de Interfaces Inscrição: Inscrições pelo site nos valores R$50,00 Sinopse: O curso apresenta de forma prática e teórica todo o processo de trabalho de um VJ. Desde análise de formatos, pesquisa, produção de conteúdo customizado, configuração de softwares e hardwares, à montagem de equipamentos, adaptação de conteúdo para telas não tradicionais (vídeo-mapping) e criação de vídeo-interativo. Ministrante: Com uma trajetória que une sólida formação acadêmica, interesse por novas mídias e background versátil no audiovisual, o Vj, video-mapper e fotógrafo Rodrigo Pastoriza tem muito para oferecer no campo das experimentações audiovisuais. Com pós em Film e TV Business, formado em Cinema, técnico em direção de fotografia e colecionador de experiências internacionais na Espanha, França (Sorbonne - Paris) e Estados Unidos, Rodrigo traz na bagagem mais de uma dúzia de curtas-metragens, um longa-metragem, muita publicidade para clientes como Pepsi e Cartoon Network e inovadoras performances multimidiáticas com foco em vídeo mapping. 
“Filosofia no Cinema” Data: de 05 a 26 de Novembro Horário: sábados, das 11h30 às 13h Local: Auditório LABMIS Inscrição: Inscrições pelo site nos valores R$30,00 – 64 vagas Sinopse: O cinema pensa e faz filosofia. A intenção do curso é uma introdução ao cinema que faz filosofia e para isso trabalharemos quatro grandes cineastas de quatro escolas diferentes de cinema, o sueco Bergman, o polones Kieslowski, o americano Clint Estwood e o dinamarques Lars Von Trier. “Em quatro encontros, discutiremos psicologia, teologia, tragédia e moral, seguindo os passos de quatro grandes conceitos trabalhados pelos cineastas: alma, Deus, destino trágico, mal e melancolia”. Programação: 1. A geografia da alma em Bergman 2. Deus em Kieslowski 3. A tragédia em Clint Estwood 4. O mal em Lars von Trier Ministrante: Luiz Felipe Pondé é filósofo, professor da PUC-SP e da FAAP, além de professor convidado da Escola Paulista de Medicina, da Unifesp. É também colunista da Folha de S. Paulo e autor dos livros "Do pensamento no deserto", "Conhecimento na desgraça" e "O Homem insuficiente" (EdUsp), e "Crítica e profecia" (Editora 34). Seu mais recente livro é "Contra um mundo melhor - ensaios do afeto" (Editora Leya).
“Trilha Sonora para Cinema com Dado Villa Lobos” Data: 26 de Novembro Horário: sábados, das 10h às 17h Local: Oficina de Interfaces Inscrição: Deverá ser efetuada pelos contatos da Escola São Paulo - telefone: 3060-3636 ou e-mail: chandra.pivetta@escolasaopaulo.org. Sinopse: O curso com Dado Villa Lobos, integrante do grupo musical Legião Urbana e autor de variadas produções de cinema e televisão, ensina o processo da criação e composição de trilhas sonoras para o cinema. As aulas irão apresentar a relação interativa da música com a imagem, a importância das conversas e diretrizes do diretor, as diversas fases da produção e criação, até a fase final de mixagem da trilha. Além de debates sobre o tema, será proposto aos alunos o desenvolvimento de uma trilha sonora para um curta metragem, como exercício prático. O curso acontecerá em dois momentos. O primeiro, no dia 19, será na Escola São Paulo (onde acontecem as inscrições); o segundo, no dia 26, será no MIS.
“Sound Designer” Data: de 04 de Novembro a 02 de Dezembro Horário: às sextas-feiras, das 18h às 22h Local: Auditório LABMIS Inscrição: Inscrições pelo site nos valores R$50,00 Sinopse: O que existe por trás da pós-produção sonora de um filme? Quais as etapas envolvidas na finalização de som? Como é articulado o pensamento sonoro de um filme com as tecnologias que permitem criar um som 5.1, 6.1 ou 7.1? Estas e outras questões relacionam-se diretamente a figura do sound designer, profissional que tem obtido cada vez mais importância na produção cinematográfica dos últimos anos. A proposta da oficina é revelar como sound designers atuam, em qual momento do filme passam a atuar, entender sua relação com diretor e produção, bem como ferramentas de trabalho no cotidiano. Para tanto, a oficina contará com renomados sound designers do cinema nacional, que irão expor seus métodos e trabalhos na produção cinematográfica dos últimos anos. Ministrante: Eric Ribeiro Christani é graduado no Curso de Bacharelado em Imagem e Som pela Universidade Federal de São Carlos, com ênfase em Som para Audiovisual e Direção para Audiovisual. Técnico de som em gravações e mixagens musicais no AD Road Estúdio. Professor durante 2 anos na Universidade Federal de São Carlos, no curso de Bacharelado em Imagem e Som, responsável pelas disciplinas relacionadas com Som para Audiovisual e Produção Musical. Técnico de Som Direto atuante em diversos curtas-metragens Editor de Som e atuante em Pós-Produção de som para Cinema, Rádio e Televisão na Casablanca Sound.
“Criatividade em arte Eletrônica” Data: de 09 a 25 de Novembro Horário: de quartas e sextas, das 15h às 18h Local: Oficina de Interfaces Inscrição: Inscrições pelo site nos valores R$50,00 Sinopse: O Curso Criatividade em Arte Eletrônica objetiva a construção de um sólido repertorio crítico segundo manifestações consagradas no setor por meio múltiplos entendimentos teóricos, reflexivos, contemplativos que são cada vez mais presentes na vida como interface filosóficas e operacionais. E claramente o que torna exclusivo o curso e á formação que se dá ao aluno de apreciador a crítico e elucidativo a estas inevitáveis manifestações de arte. Ministrantes: Luiz Felippe Brandão é pesquisador em Comunicação Contemporânea com ênfase em Ficção Cientifica. Pesquisador da teoria da Criação e seus processos criativos. Eric Marke é autor da Enciclopédia MEB, curador do FILE, docente na Universidade Anhembi Morumbi e no SAE Institute (Frankfurt – Alemanha).
“O som no cinema de animação” Data: de 16 de Novembro a 14 de Dezembro Horário: às quartas, das 09h às 12h Local: Sala de workshop Inscrição: Inscrições pelo site nos valores R$50,00 Sinopse: A oficina abordará aspectos práticos e teóricos sobre o design de som no cinema de animação. Iniciando com um breve panorama histórico sobre a trajetória do som em animação, serão levantadas questões a respeito das especificidades do processo de criação sonora de uma obra animada: quais são as semelhanças e diferenças do processo criativo do som na animação em diferentes técnicas em relação ao cinema live-action? Como fazer um planejamento de som antes mesmo do início da animação? Como se dá o processo de lip sync? Quais as ferramentas atuais para a pós-produção de som? Como finalizar o som de um curta-metragem em animação? Através de exercícios práticos de lip sync e edição de som, os alunos terão a oportunidade de exercitar seu potencial criativo ao sonorizar um desenho animado. Ministrante: Ana Luiza Pereira é editora de som para cinema e televisão e produtora audiovisual especializada em animação. Realizou a produção e edição de som de diversos curtas de animação, incluindo os premiados no Anima Mundi 2009 "O Divino, De Repente", de Fábio Yamaji e "Josué e o Pé de Macaxeira", de Diogo Viegas.
Museu da Imagem e do Som - MIS
Av. Europa, 158, Jardim Europa, São Paulo
| (11) 2117 4777 |
www.mis-sp.org.br
Estacionamento conveniado: R$ 8 (até as 18hs, por período de até 6 horas).
Acesso e elevador para cadeirantes.
Ar condicionado.
Fonte: Assessoria de imprensa - MIS
Data: 27/09/2011