O tamanho e a
força econômica de São Paulo fizeram com que a metrópole tivesse mais de uma
região empresarial. Antes, o centro financeiro era a Avenida Paulista, mas logo
bancos e empresas se instalaram também na Brigadeiro Faria Lima. Recentemente,
a Avenida Engenheiro Luis Carlos Berrini, no Brooklin, passou a reunir empresas
nacionais e multinacionais.
A vocação
inovadora do Brooklin paulista está presente desde antes da sua fundação. Por
ficar entre o centro da cidade e Santo Amaro, foi uma das primeiras regiões a
receber uma linha de carris – vagões puxados por burros – no fim do século XIX.
Depois vieram os bondes elétricos e o interesse de empresas, que foram se
instalando ali.
Mas o grande
desenvolvimento da região veio com a criação da Berrini. Para fugir dos preços
de aluguéis na Avenida Paulista, o engenheiro Roberto Bratke e seu irmão
Carlos, filhos do grande arquiteto Roberto Bratke, investiram na região, que
ainda era um lugar pantanoso. Instalaram seu escritório e iniciaram a
construção de avenida. Os preços baixos atraíram empresários, que deram ao
bairro o perfil que ele tem hoje.
Quando foi
oficialmente criado, em 1922, o nome Brooklin surgiu por causa do distrito
americano que faz parte de Nova York. A influência americana se estendeu também
para os nomes das ruas do bairro: Flórida, Kansas, Califórnia, Mississipi –
muitas delas, residenciais.
A belíssima Ponte
Estaiada é mais uma inspiração do Brooklyn americano, já que guarda semelhanças
com a ponte mais famosa de Nova York. No entanto, a ponte paulistana tem seu
diferencial: é a única no mundo com duas pistas em curva conectadas ao
mesmo mastro. Um desafio de engenharia e arquitetura, já que as curvas exigem
cálculos diferentes para cada cabo. Inaugurada em 2008, a Ponta Estaiada
já é um dos cartões-postais da cidade.
Nos fins de
semana, o bairro muda seu perfil. A movimentação de carros e pessoas diminui e
a tranqüilidade toma conta do bairro. Mesmo em contraste, a agitação da Berrini
e a calma das ruas residenciais convivem em harmonia no Brooklin.
Artigo de Andrea
Matarazzo
Fonte: Diário de São
Paulo
Publicado em
12/11/2011
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