segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Curiosidade Paulista – O Brooklin de São Paulo


O tamanho e a força econômica de São Paulo fizeram com que a metrópole tivesse mais de uma região empresarial. Antes, o centro financeiro era a Avenida Paulista, mas logo bancos e empresas se instalaram também na Brigadeiro Faria Lima. Recentemente, a Avenida Engenheiro Luis Carlos Berrini, no Brooklin, passou a reunir empresas nacionais e multinacionais.
A vocação inovadora do Brooklin paulista está presente desde antes da sua fundação. Por ficar entre o centro da cidade e Santo Amaro, foi uma das primeiras regiões a receber uma linha de carris – vagões puxados por burros – no fim do século XIX. Depois vieram os bondes elétricos e o interesse de empresas, que foram se instalando ali.
Mas o grande desenvolvimento da região veio com a criação da Berrini. Para fugir dos preços de aluguéis na Avenida Paulista, o engenheiro Roberto Bratke e seu irmão Carlos, filhos do grande arquiteto Roberto Bratke, investiram na região, que ainda era um lugar pantanoso. Instalaram seu escritório e iniciaram a construção de avenida. Os preços baixos atraíram empresários, que deram ao bairro o perfil que ele tem hoje.
Quando foi oficialmente criado, em 1922, o nome Brooklin surgiu por causa do distrito americano que faz parte de Nova York. A influência americana se estendeu também para os nomes das ruas do bairro: Flórida, Kansas, Califórnia, Mississipi – muitas delas, residenciais.
A belíssima Ponte Estaiada é mais uma inspiração do Brooklyn americano, já que guarda semelhanças com a ponte mais famosa de Nova York. No entanto, a ponte paulistana tem seu diferencial: é a única no mundo com duas pistas em curva conectadas ao mesmo mastro. Um desafio de engenharia e arquitetura, já que as curvas exigem cálculos diferentes para cada cabo. Inaugurada em 2008, a Ponta Estaiada já é um dos cartões-postais da cidade.
Nos fins de semana, o bairro muda seu perfil. A movimentação de carros e pessoas diminui e a tranqüilidade toma conta do bairro. Mesmo em contraste, a agitação da Berrini e a calma das ruas residenciais convivem em harmonia no Brooklin.

Artigo de Andrea Matarazzo
Fonte: Diário de São Paulo
Publicado em 12/11/2011

Nenhum comentário:

Postar um comentário