São Paulo, cidade conhecida antigamente
como terra da garoa, é hoje conhecida como terra das enchentes.
Pois é, logo entramos no verão,
estação das chuvas, das tempestades e das inundações.
Todo ano, os rios enchem,
destroem casas, carregam os móveis, provocam doenças, desalojam a população,
afetam os mais pobres, os morros deslizam, o lixo se espalha, param a cidade,
geram congestionamento e provocam cenas lamentáveis.
Todo ano, são as mesmas
desculpas por parte das autoridades, a população que joga lixo nas ruas entupindo
os bueiros, São Pedro manda chuva em excesso para a cidade, não se imaginava
uma tempestade dessas quando a cidade foi construída, culpa do aquecimento
global e das mudanças climáticas, azar, falta de competência das gestões anteriores,
falta de conscientização e de educação por parte da população e blá blá blá.
Prepare-se para a obra de
arte: nuvens acinzentadas e pretas no horizonte, enormes gotas de água e gotas
de gelo caindo do céu, luzes amarelas e brancas acompanhadas ao concerto do
roncar dos trovões, lagoas, correntezas e poças de água a enfeitar a paisagem,
filas enormes de carros de todas as cores a colorir nossa visão, cheiro de coisa
molhada e da terra molhada a exalar em nossas narinas, o som e a linda canção do
SPTV, montanhas de areia e barro a se fazer presente em toda a cidade de São Paulo,
lagoas a surgir nas ruas, o festival de guarda-chuvas, o frescor da água escorrendo
sobre a cidade, a arte que tem a cara de São Paulo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário