Quando penso em São Paulo,
lembro de trânsito, congestionamento, filas de carros, rodízio de automóveis,
estresse, dor de cabeça, caminhões atravessando a cidade, motoboys disputando
espaço nas ruas, produção acelerada e em massa de carros e muita poluição. Trata-se
de uma paisagem perturbadora, obscura, estressante, que nos dá aflição e que
nos faz lembrar do ritmo semelhante ao de uma locomotiva, peculiar da cidade de
São Paulo.
São Paulo vive o estresse diário.
São pessoas que querem chegar ao serviço no horário certo, são pessoas que
querem chegar logo em casa depois de um dia inteiro de trabalho duro, são trabalhadores
que precisam pegar mais de uma condução para sustentar sua família, são motoboys
e motoristas brigando por um espaço nas ruas, são caminhoneiros e motoristas se
enfrentando no congestionamento, são acidentes que entopem e obstruem as vias
de passagem, a fumaça que jorra dos automóveis, são as chuvas que param São Paulo
e são motoristas estressados com o ritmo alucinado que movimenta São Paulo.
O trânsito de São Paulo é
debate. Muito se discute em São Paulo a questão do rodízio de carros para
reduzir a poluição, a questão de se aumentar os dias de rodízio de carros e a questão
do rodízio de caminhões. Existe, além disso, a questão de se expandir o
transporte coletivo por meio de metrô, ônibus e trem, a questão de se adotar o
transporte alternativo e consciente por meio de carona e da bicicleta e a questão
da necessidade de se reduzir a poluição e os seus efeitos sobre a população.
O trânsito de São Paulo também
é arte. Há uma nuvem cinza e negra que cobre São Paulo, uma fumaça com cheiro
de enxofre, saindo das fábricas, indústrias, escapamentos e automóveis e que
ofusca a visão. Há um longo corredor e um anel gigante repleto de automóveis que
corta toda a cidade de São Paulo envolvendo a Avenida Juntas Provisórias, a
Avenida Tancredo Neves, a Avenida dos Bandeirantes, a Marginal Pinheiros e a
Marginal Tietê, caminho mais conhecido da cidade. Há uma bandeira tricolor com
as cores vermelho, preto e branco que poder avistada quando olhamos a Avenida
23 de Maio de um viaduto, em que o vermelho são as luzes dos carros que vem, o
branco são as luzes dos carros que vão e o preto, o anoitecer. Verdadeiras
obras de arte.
O trânsito da cidade tem estresse, debate e arte. Estresse, debate e arte, três coisas que tem a cara de São Paulo.
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